Em julho de 2022 foram eleitos os membros dos Órgãos Sociais para um novo mandato, tendo sido reconduzidos todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal.

O exercício de 2022 voltou a revelar-se de dificuldade acrescida tendo em conta que à crise pandémica de 2020 e 2021, juntou-se um novo fator de incerteza, provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que desencadeou uma forte pressão sobre os preços da energia, que acabou por se repercutir na generalidade dos preços dos bens e serviços, obrigando os bancos centrais a subirem as taxas de juro.

Neste contexto, a PARPARTICIPADAS procurou manter em 2022 a trajetória definida, com o objetivo de concretização da sua fusão, por incorporação, na PARVALOREM, autorizada em abril de 2021, e que se estima possa ser concluída em 2024.

Para esse efeito, no que diz respeito ao processo de liquidação do BANCO EFISA, fundamental para a concretização da fusão, foi aprovado em setembro de 2022, na sequência da autorização do Banco de Portugal, o Plano de Liquidação e a dissolução e entrada em liquidação do banco, que se espera possa estar concluída até ao final de 2023.

No que diz respeito à IMOFUNDOS, continuou em 2022 o processo de reestruturação dos organismos de investimento imobiliário sob sua gestão, culminando com a liquidação dos fundos IMOMARINAS e IMOREAL em maio e setembro de 2022, respetivamente. Em novembro 2022, foi lançado o concurso público para a venda da IMOFUNDOS (em conjunto com as unidades de participação do fundo IMONEGÓCIOS detidas atualmente, quase na totalidade, pela PARVALOREM), processo que findou, já em 2023, sem sucesso. Na sequência foi submetido a aprovação da tutela a fusão da IMOFUNDOS na PARVALOREM, em simultâneo com a liquidação do fundo IMONEGÓCIOS.

Relativamente ao BPN CRÉDITUS BRASIL, deu entrada em dezembro de 2022 o pedido de registo de liquidação, tendo a certidão da baixa do registo comercial da sociedade sido emitida em janeiro de 2023.

A PARPARTICIPADAS encerrou o ano 2022 com um resultado líquido consolidado de € 4,9 milhões, para um ativo líquido consolidado € 42,1 milhões, um crescimento de € 5,4 milhões face ao final do ano de 2021. O passivo consolidado totalizou € 134,5 milhões, valor similar ao registado no final do ano transato, e um total de capital próprio consolidado de € 92,4 milhões negativos, revelando uma melhoria de € 5,7 milhões face ao registado no final do exercício de 2021.

O caminho percorrido e resultados alcançados não seriam possíveis sem o suporte e empenho dos Colaboradores da PARVALOREM, e das participadas IMOFUNDOS e BANCO EFISA, demonstrados no desenvolvimento do seu trabalho, essencial para o cumprimento desta missão, a quem gostaria de deixar naturalmente uma palavra de apreço.

Exprimir também um sentido reconhecimento pelo apoio dado na prossecução dos objetivos da Empresa à Direção-Geral do Tesouro e Finanças, UTAM, Conselho Fiscal e Auditores externos da sociedade, bem como um agradecimento à Tutela, pela confiança e apoio essenciais na prossecução dos objetivos definidos.

Filipe Carlos Mendes de Sousa 

Presidente do Conselho de Administração